Chega ao fim drama de marinheira brasileira nos EUA
 Neta  de ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), Graciela foi  acusada injustamente de uso de drogas. Na verdade, a jovem havia  ingerido o medicamento Tylenol receitado pelo seu dentista
Neta  de ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), Graciela foi  acusada injustamente de uso de drogas. Na verdade, a jovem havia  ingerido o medicamento Tylenol receitado pelo seu dentistaWASHINGTON,  DC – Chegou ao fim o drama de Graciela Falqueto Saraiva. Brasileira  naturalizada americana, Graciela estava à serviço da Marinha  norte-americana. Mas no dia 6 de maio foi expulsa com desonra da  organização militar. A justificativa para expulsão sumária foi uma  acusação equivocada de uso abusivo  de droga por parte da brasileira. Graciela enfrentou longos meses de  sofrimento e agonia e, com a ajuda de seu pai, o jornalista  Samuel Saraiva,  brasileira lutou para provar sua  inocência. Alimentou-se da esperança e, finalmente, a verdade  prevaleceu.
A família  de Graciela não se conformou veredicto da US Navy.  E foi à  luta. Buscou a solidariedade e o apoio concreto de amigos e autoridades,  tanto no Brasil quanto nos Esatdos Unidos.  Recebeu da imprensa  brasileira o apoio de jornalistas empenhados no combate às injustiças e  sensíveis ao  drama de sua filha.  A jovem Graciela é neta de um  ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), o tenente Jairo  Saraiva.
A  luta surtiu efeitos. Ontem, o Oficial Executivo do Centro Operacional  da Navy em Baltimore, a LCDR Cherryl Hawthome, reviu o caso.  Explicou  que a farta documentação recebida de Graciela convenceu o Comando Naval  a revogar o ato de expulsão.  Além recuar na expulsão, a US Navy também  expediu os formulários indispensáveis para a retificação dos registros  militares de Graciela, restituiu as suas condecorações e ainda ofertou a  assistência necessária à sua reincorporação. A decisão permite que  Graciela se reapresente à US Navy já na terça-feira, 8.
Graciela  reagiu à notícia com choro e muita emoção.  Confessa que seu coração  pulsou  mais forte  diante da possibilidade de, novamente, voltar a  vestir seub uniforme militar e retornar ao serviço ativo da Marinha dos  Estados Unidos, seu país adotivo. Garciela também se disse orgulhosa da  solidariedade recebida daqueles que não compactuam com injustiças. 
Sobre o abandono da brasileira noticiado na edição de hoje do Informe JB,  editado pelo jornalista Leandro Mazzini, a família Saraiva afirma  desconhecer o motivo da não entrega da carta enviada pelo pai de  Graciela à presidente Dilma Rousseff.  A família informa que a missiva  fora enviada aos cuidados da Embaixada do Brasil em Washington. E há  recibo de entrega da correspondência à secretária do embaixador. 
Senador Acir Gurgaz interceda pela brasileira
O pai de Garciela, Samuel Saraiva, reconhece, no entanto, que o Itamaraty não agiu tão rigorosamente no caso de sua filha como já o fez em situações envolvendo outros brasileiros. O jornalista avalia que tal comportamento possa estar ligado à sua atuação nos Estados Unidos em defesa dos interesses dos brasileiros. É de autoria de Saraiva duas propostas legislativas que tramitam no Congresso brasileiros nesse sentido. As iniciativas do jornalista Samuel Saraiva foram apresentadas na Câmara pelo deputado Manoel Júnior (PMBD-PB). E não foram bem recebidas pelos comandantes recentes da diplomacia brasileira.
O pai de Garciela, Samuel Saraiva, reconhece, no entanto, que o Itamaraty não agiu tão rigorosamente no caso de sua filha como já o fez em situações envolvendo outros brasileiros. O jornalista avalia que tal comportamento possa estar ligado à sua atuação nos Estados Unidos em defesa dos interesses dos brasileiros. É de autoria de Saraiva duas propostas legislativas que tramitam no Congresso brasileiros nesse sentido. As iniciativas do jornalista Samuel Saraiva foram apresentadas na Câmara pelo deputado Manoel Júnior (PMBD-PB). E não foram bem recebidas pelos comandantes recentes da diplomacia brasileira.
A  primeira delas é o Projeto de Lei 559/2010,  que dispõe amplia as atuais  diretrizes do Ministério das Relações Exteriores para garantir maior  assistência a brasileiros que vivem no exterior.  O Itamaraty  posicionou-se contrário à iniciativa.  A segunda ação de Saraiva junto a  Manoel Júnior culminou com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)  436/2009.  Essa PEC assegura representação política para a diáspora pelo  sistema proporcional.
Na  avaliação de Saraiva outra atitude sua que pode ter causado o  desinteresse do Itamaraty pelo caso envolvendo sua filha foi o fato de,  no passado, ter solicitado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva  a suspensão do Conselho de Representantes Brasileiros no Exterior  (CRBE). Saraiva alegou que o funcionamento do organismo causa  desperdício de dinheiro público. A atitude do jornalista irritou  autoridades do Itamaraty. 
Saraiva  afirma ser difícil entender a lógica da diplomacia brasileira. Observa  ele que quando se trata de defender estrangeiros mundo afora (é o caso  recente  do italiano Cesare Battisti, asilado no Brasil), a atuação do  Itamaraty é firme e forte, mas quando se trata de brasileiros – como  ocorreu com sua filha, a jovem Graciela Saraiva – o silêncio total. 
Apesar da  apatia da diplomacia brasileira, Samuel Saraiva e sua família têm  motivos de sobras para festejarem a decisão da Marinha norte-americana  em rever a expulsão de Graciela. Saraiva e a irmã de Graciela, Priscila  contam que nos meses de sofrimenrto e angústia que passaram foi  decisivo o apoio recebido de algumas pessoas, entre as quais  a senadora  norte-americana Barbara Mikulski, do Partido Democrata,  e do senador Acir Gurgaz (RO), líder do PDT no Senado  brasileiro. Gurgaz intercedeu em favor da brasileira junto à senadora  Barbara  Mikulski. No âmbito político, a família Saraiva ainda recebeu  ajuda  da ex-senadora Fátima Cleide (PT-RO), do deputado Manoel Júnior  (PMDB-PB) e do ex-deputado Isaac Newton Pessoa (RO).
Saraiva  ainda destaca como decisiva para a vitória de Graciela a  ajuda que a  família recebeu  dos jornalistas Cláudio Dantas Siqueira e Solange  Azevedo (Revista IstoÉ), Leandro Mazzini (Informe JB), Rayssa Tomaz  (Jornal de Brasília), Luigi Sofio (TV Globo NY), Felipe Salles (Alide),  Carlos Sperança, Montezuma Cruz, Chico Lemos (Gente de Opinião, de  Rondônia) e Chico Araújo (Agência Amazônia de Notícias).
 
 
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