sábado, 24 de julho de 2010

S.O.S Luisa - Alemanha

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Me chamo Nely, sou brasileira e italiana. Tenho 4 filhos(as) 15, 14, 12 e 4. Moro na Alemanha há 17 anos, no momento estou passando por uma situação muito difícil.


A história começou no ano passado 10.02.2009, quando eu voltava para Alemanha. Fui de férias ao Brasil (Recife), visitar minha familia e amigos(as), passei 3 semanas foram uma férias maravilhosas quando eu estava retornando a Alemanha, a minha filha desmaiou dentro do avião e o piloto teve que fazer aterrissagem na Suiça em Genova, formos ao hospital e foram feitos varios exames na minha filha de 4 anos, sendo que os médicos me disseram que um outro exame deveria ser feito na Alemanha porque a Luisa tinha sintomas de ataques epiléticos, no mesmo dia retornei a Alemanha, marquei consulta no Hospital aqui perto(Landau/Pfalz) e eles disseram que minha filha era epilética mas ela estava sem crises e então eles decidiram em não dar remédio e esperar...quando foi no fim de julho 2009 a minha Luisa teve várias crises continuadas, aí internaram ela e passaram remédio"Tegretal", mas mesmo assim ela tinha crises constantes e então marquei uma consulta em outro Hospital Heidelberg e ela teve que ser internada no mesmo dia, passei cerca de 2 semanas e os médicos tinham passado um outro remedio "Ospolot e Keppra" e mais Diazepam em crises de mais de 10 minutos, nisso ela melhorou muito mas ela tinha insônia e dormia muito tarde, para mim foi difícil adaptar-me à esse rítmo, ela começava a dormir de 3 ou 4 da manhã e dormia todo dia, e eu tinha que dormir até 8 da manhã, e quandos meus filhos iam para escola, eu continuava a dormir até às 11 horas. À partir de novembro ela foi ficando cada vez pior com as crises e insônia e a neurologista aumentou a dosagem e então as crises diminuiram mas o problema de insônia continuava, então o professor decidiu passar um medicamento"Circadin" para ver se a luisa dormia, ajudou um pouco e ela começou a dormir à partir da meia noite.

Mas devido a situação, eu sofri vários preconceitos, minha filha tinha que fazer dois exames: alergia e olhos, mas muitos médicos aqui onde eu moro negaram examinar porque ela é epilética, coisa muito absurda!!

Liguei para a neurologista e ela nem acreditou em mim e então eu disse à ela que daria os nomes dos médicos e então ela falou que eram colegas e que não queria fazer problema e que os exames seriam feitos no Hospital e que ela iria organizar, coisa mais sem lógica.

Dias depois mais um choque pra nós, foi constatado que Luisa é Autista. Quem percebeu primeiro foi o terapeuta que faz terapias motoras com luisa , o mais engraçado que ninguém em Heidelberg percebeu isso. Eu disse várias vezes que Luisa, não quer brincar com ninguém, é tímida o extremo, anda direto de ponta de pé, tem uns gritos esquizitos, e tem perfeição, tipo é muito organizada com os brinquedos e não gosta de bagunça e isso é uma das caracterísricas de um Autista, descobri na Net.

Outro problema, minha filha frequentava a escolinha às vezes por causa de problema de insônia, perguntei várias vezes a neurologista se a Luisa tinha que estudar numa escolinha apropriada para crianças doentes e eles sempre negaram e nem deram apoio, mas graças à diretora da escolinha atual, que organizou várias reuniões e foi comprovado o que minha filha tem, que precisa ir para uma escolinha especializada no problema, desta vez o pessoal em Heidelberg nem deram apoio e nem atenção. Em setembro vai haver uma reunião final que decidirá se o Estado alemão irá pagar a terapia na escola ou não.

Proxima semana, dia 26 de julho de 2010, Luisa será internada e espero que eles façam alguma coisa. Pelo que eu noto, estas pessoas estão colocando em risco a vida da minha filha, só para economizar o dinheiro do Estado.

Resumindo: Minha filha é doente de Epilepsia e agora foi diagnosticado Autismo. Ela mesmo sendo alemã, não está tendo ajuda suficiente, eu que tenho que correr atrás e às vezes sou até humilhada, além de eu ser brasileira e italiana, tenho meus direitos como uma cidadã europeia, mas não estão sendo reconhecidos... é uma poca vergonha um país como Alemanha não ter interesses em relação à crianças que sofrem esse tipo de doença. O País ajuda pessoas que, muitas vezes, não tem necessidades ou precisam, mas nós aqui é que sofremos com essas injustiças. Ainda bem que o pediatra da minha filha nos apoia. No momento a Luisa está precisando de um aparelho para averiguar as batidas cardíacas/pressão e tenho que esperar duas semanas, como sempre tenho que esperar, esperar.. Minha filha era para estar em uma outra escolinha mas o pessoal da clinica em heidelberg nem se pronunciaram e isso faz um ano, eu perguntei varias vezes ou escrevi e até agora não obtive resposta, eu tive que correr atrás e graças a Deus que a diretora da escolinha atual foi que resolveu o problema, agora vou esperar o resultado sobre a escolinha em setembro....

Espero que minha filha de 4 anos, não tenha sequelas por culpa de irresponsabilidade dessas pessoas sem coração...

A diretora da escolinha da Luisa, foi a única que se interessou em ajudar a minha filha para mudar para uma escolinha apropriada, sendo que a decisao geral nao é só dela e sim das autoridades educacionais, vamos esperar o que eles vao decidir....

No momento financeiramente está sendo muito difícil por conta dos gastos de transportes e ninguém quer se responsabilizar, nem o Estado, nem o Seguro de Saúde e nem mesmo a Imigração. Já procurei ajuda na Imigra
ção, Integração de Estrangeiros e orgãos do governo e eles me deixaram de lado, o que mais me admira o porque existir Imigração aqui na Alemanha, para ajudar só Azilantes? E os estrangeiros quem fazem parte da comunidade Europeia ou outros países porque não tem o mesmo apoio? E minha filha que é alemã foi deixada de lado, outro absurdo!! Não tenho nada contra os Azilantes mas o que mais me revolta é eles terem mais assistência ou apoio e minha filha não.

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Eu autorizo que esse meu problema seja conhecido, agradece Nely (nelycat2@live.de)

Já ouvi vários casos aqui na Alemanha de muitas crianças que não tem apoio ou as autoridades viram as costas, lamentável.

 

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